2.6.09

Domingo não te esqueças...NÃO VOTES!


Com as eleições europeias aí à porta, renovamos o nosso apelo a todos os que não se revêem neste sistema politico e social, para que se abstenham. Acreditamos na capacidade que uma tal posição pode ter, se tomada em consciência e em conjunto, para minar as fundações do sistema opressivo que nos governa. 

4 comentários:

  1. Viva, afinal estão vivos!

    Cheguei a pensar que tinham desistido.

    Zé Muacho

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  2. A abstenção


    Mais uma vez a abstenção num acto eleitoral veio mostrar a "desafectação" de centenas de milhar de portugueses à forma como o sistema politico-partidário está construído em Portugal. Embora as estatisticas não o digam - não o podem dizer, mas os analistas também não o querem fazer, esclarecendo, de forma científica, as razões para abstenções desta ordem - todos nós sabemos que muita desta abstenção tem a ver com uma forma de protesto pela maneira como a classe politica e partidária no seu conjunto se apoderou do sistema público e administrativo, deixando para a cidadania apenas os restos mal mastigados dos repastos em que é tão pródiga. Todos eles. Todos os que comem na manjedoura do poder sabem isto: o não voto, a abstenção é uma forma de os penalizar e dizer: nada temos a ver convosco e com os vossos pequenos e grandes jogos de poder. E a análise destas eleições europeias, feita por comentadores de todos os quadrantes políticos, foi bem clara nesse ponto: nem um quis pôr o dedo na ferida e todos andaram à volta de justificações como o desinteresse que a Europa provoca aos cidadãos, das muitas solicitações que os eleitores têm numa semana de vários feriados, no desinteresse pela coisa politica, pelo comodismo... etc., etc., procurando ocultar o que todos - desde que tenham um mínimo de boa fé e dois dedos na testa já perceberam -: o não voto é, acima de tudo, um voto forte de protesto, com valor politico e uma leitura política. E, neste caso, como os números comprovam, para além de ser um voto de protesto no sistema politico-partidário com que nos querem asfixiar foi também um voto de protesto no PS (o partido mais penalizado com a abstenção), pela sua actuação enquanto governo. Por isso, estiveram duplamente errados os que fizeram combate contra o não voto, dizendo que ele iria favorecer o PS. Não só foi contra o PS, como foi contra todos os outros partidos que, apesar de dizerem mal uns dos outros e que quando estão na oposição dizem uma coisa e quando estão no poder dizem outra, são uma e a outra face da mesma moeda. A de um sistema autoritário, construido de cima para baixo, onde o poder politico e económico se dão as mãos subordinando a esmagadora maioria dos cidadãos ao seu jugo. E ontem fomos uma maioria a não ir votar, ou seja, a não legitimar através do voto um sistema que nos explora e nos oprime. Por isso, estamos de parabéns.

    Elias Matias (Évora)

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  3. Se há coisas de que este processo que conduziu à "PLATAFORMA ABSTENCIONISTA" não se quer "orgulhar" é de poder reivindicar "resultados" eleitorais.
    Ou seja, o nível de abstenção não se deve, seguramente, ao trabalho da PA muito menos pode ser considerado, em absoluto, resultante de uma escolha política assumida e premeditada.
    Os motivos da abstenção são muitos e variados - todos eles legítimos - ainda que se possa considerar que uma pequena parte já constitui uma clara afirmação de rejeição ao sistema "representativo".
    É verdade que parecem já ter sido votados para as "calendas gregas" as análises e comentários que atribuiam a não participação em processos eleitorais à "preguiça", aos "feriados" ou à falta de "sentido cívico".
    Hoje passa-se pelos números da abstenção quase como "cão por vinha vindimada", assobiando para o lado, centrando o enfoque nas contas decorrentes da representação proporcional.
    Claro que quem defende a não participação eleitoral como forma de colocar em causa a "menina dos olhos" do capitalismo - "democracia representativa" pode, e deve,demonstrar que esta forma de "estacionar" no poder não representa a população portuguesa, mas apenas quem votou!
    Será por isso de continuar a desmascarar as encenações cíclicas do poder dizendo-lhe que o "rei" está cada vez mais "nú" e que todo(a)s nós nos esforçaremos para o "despir" a toda a força.

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  4. Só hoje conheci este blog e por isso vou me meter numa que já está com algum atrazo.Então é assim eu não concordo que a luta seja o não voto.Não sou eu que o digo,é o tempo que me diz que tenho razão,quando existe muita absentistas,eles não foram eleitos na mesma?A minha opinião o que lhes mete mais medo,é os grupos minuritáriis se fortalecerem,isso sim,é que eles ficam todos acagaçados!Mais uma vez dou um exemplo,o que é que fazem os tais paises que eles dizem que são muito democraticos??Sobem a fasquia,para se puder entrar no parlamento,tão simples quanto isso.E em portugal o que eles querem fazer?Isso mesmo aumentar a fasquia para se entrar no parlamento,e porquê?Porque eles têm medo que o bloco de esquerda vá subir ainda mais,então começam a preparar a opinião publica atravez dos comentadores encartados,que é preciso aproximar os eleitpores dos eleitos,bla,bla,bla,bla,que é preciso reduzir o numero de deputados,e zás,e quem fica prejudicado os grupos minotitários,estive em espanha recentemente e por lá isso já é a realidade,por isso eles andam a ver se conseguem juntar sem sectarismos,para unir forças contra esta malandragem que nos rouba e explora!!E agora só pra acabarme vou a mais um caso concreto,tenho uma colega,que não vota(a conversa do costume estes gajos são uns ladrões)mas agora estava toda escandalizada por o governo ir cortar nas prestações sociais,não adere a greves)porque o sidicato,nada faz,mas eu fiz uma greve para que ela tenha aumento,mas desta vez vai estar fodida porque o sindicato não quer a portaria de extenção,porque perdi varias noites na organização da greve e esta gente lacaia do pratrão se quer aproveitar das nossas lutas. vanzetti

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